sábado, 19 de março de 2011

O direito de aprender de todos e de cada um.


         Educação para todos significa, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social, ou qualquer outra situação significa também que cada um com sua singularidade, seja respeitado com equidade educativa, garantindo igualdade, quer no acesso, quer nos resultados.
         Mas não foi sempre assim, a sociedade recebia uma educação diferenciada de acordo com a classe social em que vivia. Havia até projetos para estender a educação a todos os cidadãos, mas prevaleciam as diferenças de ensino, ou seja, uma escola era para o povo, outra para a burguesia.
         No início do século XX, com o desenvolvimento da sociedade brasileira e sendo vergonha o analfabetismo, surge defensores da escola pública para todos, a fim de se alcançar uma sociedade igualitária e sem privilégios.
         A obrigatoriedade da educação passa a existir nas legislações, explicitadas na Constituição de 1988, artigo 205. O acesso a educação é o alicerce para realização dos outros direitos fundamentais, pois o individuo letrado tem melhores condições de realizar e defender os outros direitos humanos como: participação na vida política, combater as opressões, lutar pelas condições de vida, etc.
         Desde o processo de democratização da educação, confirma-se o paradoxo inclusão/exclusão, quando os sistemas de ensino universalizam o acesso permanecem excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogêneos da escola.
         Situações e preconceito ainda são encontrados na sociedade. A discriminação não atinge somente os povos afrodescendentes e os índios, mas afeta também os descendentes asiáticos, pessoas com deficiências, os homossexuais, as mulheres e outros grupos que não são respeitados como merecedores de direitos iguais.
         É importante considerar que, com relação à Educação Inclusiva, há avanços importantes, mas, seguramente, ainda estamos longe de alcançar a meta Educação para todos! O desafio adiante é imenso.
         É necessário que as escolas, transformem sua cultura institucional, suas políticas e suas praticas de forma que respondam verdadeiramente à diversidade. Educação de qualidade significa formar cidadãos éticos, capazes de construir conhecimento, ler e interpretar, o mundo e dirigir sobre a realidade, melhorando a própria vida e a da comunidade.
         O ser humano cada vez mais se torna individualista, a escola além de ensinar conceitos, precisa ensinar atitudes, valores, e a paz dever ser essencialmente uma meta a ser atingida. Considerando a paz como uma questão cultural, a escola possui papel fundamental na formação dos alunos, com valores, atitudes e comportamentos, daí a importância de se cultivar a Cultura da Paz, contra a Cultura da Violência.
         A Cultura da Paz pretende mobilizar as pessoas do mundo inteiro para buscar novas formas de convivência, baseadas na conciliação, na generosidade, na solidariedade, na justa distribuição dos recursos naturais e humanos, no livre fluxo de informações e compartilhamento de conhecimentos.

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