quarta-feira, 30 de março de 2011

Educação Especial

Educação para Todos é um compromisso assumido por nosso país no combate à exclusão de qualquer pessoa do sistema educacional. Para alcançar essa meta, é fundamental enfrentar o desafio de tornar a escola um espaço aberto à diversidade e adequado ao ensino de todo e qualquer aluno, incluindo aqueles com deficiência.
 Está baseada na necessidade de proporcionar a igualdade de oportunidades, mediante a diversificação dos serviços educacionais de modo a entender as diferenças individuais do aluno, por mais acentuada que seja. A inclusão não se limita apenas a integração no ensino regular, mas também na comunidade, na família e na sociedade em geral. É uma atitude de aceitação, de mudança, de transformação. Todas as crianças devem aprender juntas, independentemente de suas dificuldades e necessidade educacionais especiais, deve receber todo o apoio educacional e eficaz.

 

sexta-feira, 25 de março de 2011

“MEIO AMBIENTE. Responsabilidade de todos!”

Nos últimos anos, as questões ambientais têm adquirido uma grande importância em nossa sociedade. Devido às mudanças que o mundo vem sofrendo, aumentam-se cada vez mais as buscas para os problemas sociais.
         A educação ambiental surge no tempo atual como ferramenta para auxiliar o processo de educação geral do homem contemporâneo, para que ele possa compreender melhor a relação com seus semelhantes e com o meio ambiente de vida (Magalhães, 1992; CINEA, 1991).
         Preservar o meio ambiente é muito importante para que possamos ter um planeta saudável e rico em recursos naturais no futuro. Se todos fizerem um pouquinho, podemos contribuir para um mundo melhor. Essas atitudes iniciam-se em casa, onde bastam alguns cuidados básicos como:
● desligar a água enquanto faz a escovação, ensaboa pratos, copos, talheres e panelas.
● evitar banhos demorados.
● desligar as luzes ao sair de algum cômodo.
● utilizar o ar condicionado com moderação.
● dedicar dias da semana para lavar e passar roupas, evitando assim o uso vários consumos.
● separar os lixos corretamente para a coleta seletiva.

          Já nas escolas, a educação ambiental como prática educativa deve ser definida como sendo elemento integrado dos sistemas educativos de que dispõe a sociedade. Para tanto, deverá não só transmitir conhecimentos, mas também desenvolver habilidades e atitudes que permitam que os homens atuem efetivamente no processo de manutenção do equilíbrio ambiental, de modo a garantir uma qualidade de vida mais condizente com as necessidades. Segundo KRASILCHICK (1986), a educação ambiental não é a solução mágica para os problemas ambientais (...), é um processo contínuo de aprendizagem de conhecimento e exercício da cidadania, capacitando o indivíduo para uma visão crítica da realidade e uma atuação consciente no espaço social.



         Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e os cursos  de capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).

Princípios gerais da Educação Ambiental:
●  Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;
Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
●  Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
●  Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
●  Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.


         A conscientização sobre a necessidade de conservação e defesa do meio ambiente para presentes e futuras gerações é incontestáveis e a importância de começar a educação ambiental na infância é inquestionável. Todas as escolas precisam elaborar projetos que mudem o comportamento de um maior número possível de estudantes e torná-los agentes da defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado e saudável. E a educação ambiental inserida nas atividades escolares, tornará foco principal de toda e qualquer atividade. O grande desafio é desafiar os alunos para despertar o desejo de aprender e consequentemente mudar alguns hábitos.
      

Eis aqui algumas sugestões de atividades para incrementar o cronograma de atividades:

Atividade 1 – Apresentação de palestra.
         Elaboração de uma palestra para que primeiramente os alunos se conscientizem dos problemas que há no meio ambiente e as sugestões que podem ser tomadas de imediato para o início de uma grande mudança.

Atividade 2 – Criação de uma mini-horta.
         Pedir para cada aluno trazer uma garrafa pela, orientá-los a cortar a garrafa deitada, de modo a não atingir nem o fundo, nem a boca da garrafa. Em seguida, fazer pequenos furos no fundo, colocar terra e plantar a sementinha ou mudas, depois é só cultivar com cuidado e carinho.

Atividade 3 – Usando a criatividade.
         Os alunos deverão ser divididos em grupos e na data combinada, apresentar objetos ou brinquedos confeccionados pelos mesmos com materiais recicláveis. No dia da apresentação poderá haver premiação para o grupo mais criativo e original.

Atividade 4 – A vida imita a arte.
         Os alunos deverão ser orientados a criarem uma peça teatral que tenha como foco principal o meio ambiente. Após os ensaios, deverão apresentar o teatral, a fim de conscientizarem os outros alunos que presenciam o momento.

         Através dessas atividades e outras, de acordo com a realidade de cada escola, o objetivo principal é promover a sensibilidade dos alunos e ampliar a toda população.
         Um trabalho de conscientização exige dedicação por ambas as partes (professores e alunos), mas os frutos a serem colhidos é o presente mais precioso que poderíamos ganhar “A PRESERVAÇÃO DO NOSSO MEIO AMBIENTE”.
Referências:



sábado, 19 de março de 2011

Valores e Educação.


        Ao falarmos em “valores e educação”, é bastante comum a lembrança de um ato de disciplina, uma data comemorativa, algo que marcou nossa vida. Na escola, valores e educação, resumiam-se como sermões, lição de repressão, atos educativos.
         Mas essa questão é vista de modo mais amplo pelo ser humano, que valoriza coisas, pessoas, ações ou situações como boas ou más. Estabelecendo um valor subjetivo à realidade. Esse valor subjetivo pode até contrariar o grande valor objetivo que é a vida, como aqueles que se sacrificam pelos outros, por uma crença...
         Na educação leva-se em conta que uma fala, um gesto, uma prática, um comportamento, tem um valor diante da vida e da sociedade. O relacionamento do professor e aluno transmite valores que, em muitas vezes, influenciam mais na formação das crianças, do que as palavras em defesa deste ou aquele valor.
         Os valores formam alicerce que ajudam a construir nossa vida, com mais coerência entre o pensar, o falar e o agir. Se o ser humano acredita na igualdade de direitos e oportunidades para todos, então praticará ações que buscam esse objetivo. A posição do professor é transmitir posicionamento diante da vida, expressando valores em suas atitudes.
         Valor é tudo aquilo que desejamos ou rejeitamos, toda ação humana tem valores explícitos ou ocultos. Para realização desses valores na vida cotidiana, a Educação em Direitos Humanos, tem papel fundamental no século XXI, que é contribui para construção de uma cultura de respeito à dignidade humana em todos os indivíduos e em todas as circunstâncias.
         Todos os homens possuem direitos que garantem sua dignidade, mas mesmo reconhecidos os direitos fundamentais do ser humano ainda não são uma realidade para grande parcela da humanidade. Em muitos países, a identidade social é marcada pelo racismo, xenofobia, desigualdades sócio-econômicas e outras formas de exclusão. Promessas de felicidade são fáceis de dizer, porém ainda não superamos sentimentos e atitudes de intolerância que prejudicam a dignidade humana de grupos, classes sociais e povos inteiros. Daí surge o tráfico de crianças, discriminação da mulher, escravidão dos povos africanos, racismo, intolerância aos povos indígenas, marginalização dos estrangeiros nos países desenvolvidos, terrorismo... Tudo isso é efeito das condições miseráveis de milhões de pessoas.
         A ideia de dignidade humana, expressa na declaração dos direitos do Homem e do Cidadão que a identidade do civilizado é construída juntamente com as noções de selvagem e bárbaro.
         O respeito ao outro e a solidariedade se justificava pelos laços afetivos de uma grande família unidade na luta pela sobrevivência. A primeira importante ampliação da ideia de identidade humana se deu na cultura grega. A noção de ser humano foi estendida no horizonte da própria racionalidade. O homem entendido como animal racional alcançava sua plenitude na atividade reflexiva, na participação da vida política, mas esse protótipo de ser humano excluía a mulher, os escravos e todos os estrangeiros que não pertenciam à cultura grega: os bárbaros.
         No século XX, a Declaração Universal dos Direitos Humanos procurou considerar a dignidade, levando em conta a diversidade dos indivíduos e dos grupos humanos.
         Entretanto, ainda está longe de se concretizar na prática o respeito à dignidade humana. O que se viu ao longo do século XX foram guerra, opressão e exclusão em forma de imperialismo.
         Hoje, com a globalização, temos consciência das grandes violações à dignidade humana, seja nas relações sociais, ou nas relações com a natureza danificada. Nessa crise global, surge a Educação em Direitos Humanos, com o propósito de contribuir para uma nova cultura histórica de respeito à dignidade humana e da vida em geral.
         Com a instalação definitiva da comunicação eletrônica (TV e computador), a diversidade das culturas, as desigualdades sociais e os problemas globais, que já existam na humanidade, estão cada vez mais expostos. O professor que trabalha com a Educação em Direitos Humanos deve pensar globalmente e agir localmente na escola, no seu bairro, na sua cidade...
         Boa parte da América Latina vive excluída do acesso à alimentação saudável, à educação, aos serviços de saúde e moradia e ao trabalho remunerado. Isso acaba inviabilizando, na pratica, a realização dos direitos à liberdade, segurança, e de respeito à diversidade e à individualidade.
         A proposta da Educação em Direitos Humanos são teorias educacionais que ajudam na formação da cidadania ativa individual e coletiva, capaz de organizar uma sociedade civil para transformação de uma sociedade democrática, igualitária e solidaria.
         Inicia-se essa educação pela autorreflexão do educador, questionando seus valores frente aos propósitos. Em todas as fases da vida o ser humano deve respeitado, como sujeito de direitos, podendo exercer sua cidadania ativa de participação nas atividades coletivas. Na escola, a criança poderá vivenciar, pela primeira vez, outra realidade social, nesse momento inicia-se o cultivo dos direitos humanos, estimulando a criança a perceber e valorizar a diversidade entre as pessoas em geral.
         Diante das atividades lúdicas, a criança pode identificar suas características físicas e as dos seus coleguinhas, com o objetivo de que eles são diferentes fisicamente. Então a criança desenvolve a percepção de variedades dos grupos sociais. A diversidade é a grande característica do mundo.
         A escola pode introduzir a criança na convivência social de respeito aos direitos humanos, através da liberdade e igualdade. È importante resgatar a solidariedade familiar e ampliá-la no ambiente escolar, visando fortalecer os laços de amizade e de afetividade entre os colegas de classe, buscando assim, um convívio onde todos se respeitam apesar das diversidades culturais.


O direito de aprender de todos e de cada um.


         Educação para todos significa, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social, ou qualquer outra situação significa também que cada um com sua singularidade, seja respeitado com equidade educativa, garantindo igualdade, quer no acesso, quer nos resultados.
         Mas não foi sempre assim, a sociedade recebia uma educação diferenciada de acordo com a classe social em que vivia. Havia até projetos para estender a educação a todos os cidadãos, mas prevaleciam as diferenças de ensino, ou seja, uma escola era para o povo, outra para a burguesia.
         No início do século XX, com o desenvolvimento da sociedade brasileira e sendo vergonha o analfabetismo, surge defensores da escola pública para todos, a fim de se alcançar uma sociedade igualitária e sem privilégios.
         A obrigatoriedade da educação passa a existir nas legislações, explicitadas na Constituição de 1988, artigo 205. O acesso a educação é o alicerce para realização dos outros direitos fundamentais, pois o individuo letrado tem melhores condições de realizar e defender os outros direitos humanos como: participação na vida política, combater as opressões, lutar pelas condições de vida, etc.
         Desde o processo de democratização da educação, confirma-se o paradoxo inclusão/exclusão, quando os sistemas de ensino universalizam o acesso permanecem excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogêneos da escola.
         Situações e preconceito ainda são encontrados na sociedade. A discriminação não atinge somente os povos afrodescendentes e os índios, mas afeta também os descendentes asiáticos, pessoas com deficiências, os homossexuais, as mulheres e outros grupos que não são respeitados como merecedores de direitos iguais.
         É importante considerar que, com relação à Educação Inclusiva, há avanços importantes, mas, seguramente, ainda estamos longe de alcançar a meta Educação para todos! O desafio adiante é imenso.
         É necessário que as escolas, transformem sua cultura institucional, suas políticas e suas praticas de forma que respondam verdadeiramente à diversidade. Educação de qualidade significa formar cidadãos éticos, capazes de construir conhecimento, ler e interpretar, o mundo e dirigir sobre a realidade, melhorando a própria vida e a da comunidade.
         O ser humano cada vez mais se torna individualista, a escola além de ensinar conceitos, precisa ensinar atitudes, valores, e a paz dever ser essencialmente uma meta a ser atingida. Considerando a paz como uma questão cultural, a escola possui papel fundamental na formação dos alunos, com valores, atitudes e comportamentos, daí a importância de se cultivar a Cultura da Paz, contra a Cultura da Violência.
         A Cultura da Paz pretende mobilizar as pessoas do mundo inteiro para buscar novas formas de convivência, baseadas na conciliação, na generosidade, na solidariedade, na justa distribuição dos recursos naturais e humanos, no livre fluxo de informações e compartilhamento de conhecimentos.

domingo, 13 de março de 2011

Bulling é assunto sério!

O bulling fere princípios constitucionais que diz a respeito à dignidade da pessoa humana e também o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano ao outrem gera o dever de indenizar. As pessoas que testemunham o bulling, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem tornar-se a "próxima vítima"do agressor.
A escola precisa estar informada sobre o que é bulling, e deixar exposto que não admitirá tal prática abusiva,o papel do professor é fundamental para identificar quem os atores, agressores e vítimas do buling.
É preciso conscientizar-se que o bulling tornou-se um problema de saúde publica, e que as vítimas são aqueles que consideramos fracos e frágeis, transformandos-os em objetos de diversão e prazer por meio de "brincadeiras" maldosas e intimidadoras.
Nós professores, precisamos combater o bulling, mas para isso, é preciso que haja cooperação de todos: professores, funcionários, pais e principalmente alunos, pois são eles que mais praticam essa ação. Sendo assim, é preciso atentar-se para os sinais de violência, procurando neutralizar os agressores e assessorar as vítimas. É necessário tomar algumas medidas preventivas, como: aumentar a supervisão no recreio e intervalos, evitar em sala de aula apelidos e menosprezos, promover debates sobre as formas de violência, respeito mútuo e afetividade entre as pessoas. 


Pedagogia da Alternância.


 A Pedagogia da Alternância baseia-se num método que procura ver, observar, refletir, experimentar, agir e questionar através dos planos de estudo na família, comunidade ou na escola. É um método que leva o aluno a praticar para depois ter a teoria sobre a prática, mostrando que a vida ensina mais do que a escola, então o centro do processo ensino-aprendizagem é o aluno e sua realidade.
 A experiência torna-se ponto de partida para a aprendizagem e tem uma ação conjunta com a escola, a família e a comunidade, objetivando um desenvolvimento amplo do alternante-estudante, com a proposta de buscar a socialização do saber, a valorização da cultura popular, o diálogo para um aprofundamento científico e o aprimoramento desses saberes em vista da transformação do meio. No campo acontece a pesquisa e a observação da realidade, onde se busca os saberes e experiências; na escola, realiza-se a reflexão, problematização e aprofundamento dos conhecimentos, que por sua vez, o jovem aplica seus conhecimentos na prática, realiza novas experiências e pesquisas.
 Em minha opinião, a educação só tem a ganhar com a Pedagogia da Alternância, pois ela ultrapassa o espaço escolar e exige uma interação entre a prática e a teoria, promove a inclusão do estudante, tornando-o sujeito ativo nas ações escolares.
 A escola vai ao encontro à realidade dos alunos, suas famílias, suas vivências e ainda cumpri seu papel de pesquisadora. Ainda mais, nesse modelo de educação acontece um impacto positivo, pois, apresenta estratégias para o desenvolvimento local sustentável solidário, para a segurança alimentar, geração de emprego, renda familiar, melhor qualidade de vida, fortalecimento da agricultura familiar e manejo agroecológico, além da elevação da auto-estima dos jovens e de suas famílias, havendo o resgate e valorização da cultura do homem do campo e expansão e adaptação da proposta nas distintas realidades brasileira

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sujeitos e Saberes da Educação Indígena.


Uma pitada de informação.

         Antes da chegada dos colonizadores havia milhões de índios no continente Americano, mas o contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural. As culturas de brancos e índios eram diferentes e pertenciam a mundos totalmente distintos.
         Os indígenas habitantes do Brasil viviam da caça, pesca, agricultura, domesticavam animais de pequeno porte, ou seja, possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas próprias de cada tribo.
         Com a colonização houve uma violenta desorganização nas sociedades indígenas, interessados nas terras, os colonizadores usavam a violência, matavam, transmitiam doenças e achavam-se superiores aos indígenas, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço.
         Sua educação era baseada nos conhecimentos que os mais velhos possuíam, pois eram orientados a observar tudo que os adultos faziam e assim iriam treinando desde cedo e vinculando sua educação a realidade da vida da tribo indígena. Mas com a chegada dos jesuítas essa educação indígena foi interrompida, pois os jesuítas vieram com a intenção de catequizá-los ensinando sua religião, moral e costumes. Hoje o que mais vemos são índios falando a língua portuguesa, perdendo seus costumes, crenças, valores, assim como sua identidade.
         Os índios misturados à sociedade enfrentam preconceitos, desigualdades sociais, além do difícil acesso a educação e saúde. Também devido a essa dificuldade de acessos fez com que os índios se aproximassem mais da cultura do homem branco para obter mais conhecimentos, uma vez que, os brancos trouxeram também novas doenças, e sua ervas e remédios caseiros já não eram tão eficazes.
         Ao longo do tempo a educação indígena passou por diversas mãos, inicialmente pelos jesuítas que tinham como objetivo catequizá-los e domesticá-los segundo os costumes europeus. Logo, houve o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que visava prestar assistência aos povos indígenas, mais tarde criou-se a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) comprometida em promover a educação básica do índio, proteger as comunidades indígenas e despertar o interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas, além de várias outras Organizações Não Governamentais que se propuseram a trabalhar em prol dos índios.
         Somente a partir de meados dos anos 70 que se iniciam no Brasil programas para a escola indígena que visa transformar essa escola. O Centro de Trabalho Indígena (CTI) com a proposta de que na educação indígena ensinasse o alfabeto na língua portuguesa, não na língua nativa, e na matemática ensinasse apenas as operações básicas para que os indígenas pudessem calcular suas despesas na cidade. Esta concepção de alfabetização tomou forma, foi aplicada e, possivelmente, ainda hoje é aplicada em vários grupos indígenas em todo o território brasileiro. A Organização Não Governamental, (CIMI) – Conselho Indigenista Missionário levava o projeto escola para as aldeias e fazia questão de alfabetizar os índios na língua nativa, justificando a necessária autonomia e acesso ao mundo das informações.
         Foi de um projeto alfabetizador, missionário nasceu, nas escolas indígenas, um ímpeto para se conhecer todas as formas que a sociedade usa para registrar os eventos do mundo. A chamada revolução tecnológica nas comunicações afetou a área de alfabetização, o alfabeto levou séculos para chegar às aldeias, já os aparelhos telefônicos levaram somente décadas.
         A escola indígena é uma realidade em processo. Apesar de adaptações essas escolas seguem uma estrutura curricular semelhante à escola normal. O que se observa é um embate cultural entre muitas culturas. As propostas curriculares têm vindo dos indígenas e cabe somente a eles definir as linhas de trabalho. Os professores indígenas têm um papel complexo e um trabalho monumental, pois cabe a eles desenhar o curriculum daqui pra frente.
         As informações que este texto transmitiu-me é que a história tem muito a revelar sobre esses nativos e que vale a pena buscar novos conhecimentos sobre a diversidade do nosso país.
         Apesar das diferenças, as trocas de experiências entre os povos e culturas devem ser preservadas e respeitadas. Assim como, as escolas indígenas mantêm contato com a sociedade ”civilizada”, também devem preservar seus costumes e crenças, pois, além de revelar novos conhecimentos, é importante não enterrar sua identidade.



quinta-feira, 3 de março de 2011

Questão de atitude!




        A desigualdade social e a pobreza acontecem quando a distribuição de renda é feita de forma desigual, deixam “muito” nas mãos de poucos. Esse fato faz com que as crianças e os jovens cresçam sem estrutura para a vida, onde muitos deles acabam tornando-se marginais. Às vezes não porque querem, mas apenas por falta de oportunidade.
         É preciso fazer valer as leis dos cidadãos, mas para isso é preciso acabar com as diferenças sociais tão marcantes em nosso país. Para tanto faz-se necessário a implantação de políticas públicas que viabilizem esses direitos, através da educação de qualidade e condição de trabalho à todos os brasileiros.
         A educação pode e deve ser um dos caminhos para promover o respeito à diversidade e a igualdade nas relações étnico-raciais. Ela pode estimular as crianças a serem mais receptivas as diferenças, desenvolvendo o senso crítico para recusar a intolerância e o preconceito que hoje está presente em todos os lugares.  Às vezes as pessoas associam alguém de baixo nível social à alguém delinquente e que provavelmente vive na miséria; e que alguém com um nível superior é um pessoa excelente, Errado! Pois os crimes que envolvem dinheiro vêm quase sempre das pessoas com nível superior.
         Fica visível então que os direitos mais básicos só são garantidos quando se vive com dignidade, com uma boa renda capaz de fornecer moradia, boa alimentação, boa educação e estabilidade para o futuro. Pretender eliminar por completo a discriminação não é tarefa fácil, mas as atitudes positivas certamente levarão a sociedade a respeitar o direito da diferença.
         Compete a nós a responsabilidade de contribuir para a construção de um mundo melhor, e também que o poder político cumpra com as suas responsabilidades combatendo as corrupções e buscando a melhoria da sociedade. Veremos os reais resultados dessa transformação se respeitarmos a vida e as diferenças que marcam cada indivíduo.

 Imagem retirada do site: http://www.juventudesanta.com/
África do Sul: do Apartheid à sede da Copa do Mundo de Futebol


No dia 11 de junho de 2010 ocorrerá um fato histórico – pela primeira vez um país africano sediará o mais importante evento futebolístico do planeta, a Copa do Mundo de Futebol. A África do Sul, localizada na África Subsaariana, receberá 31 seleções mundiais e milhares de turistas durante um mês.
No dia 15 de maio de 2004, a África do Sul foi escolhida como o país sede da Copa do Mundo de 2010. A nação estava concorrendo com o Marrocos e o Egito para sediar o evento. A África do Sul recebeu 14 votos contra 10 do Marrocos; o Egito, por sua vez, não recebeu nenhum voto.
Com todas as atenções voltadas para a África, surge, portanto, a oportunidade de se conhecer melhor esse continente marcado por concepções preconceituosas, onde pouco se destaca as belezas naturais, a diversidade cultural, o potencial econômico, dando mais ênfase aos conflitos étnicos, à fome, à Aids, à miséria, entre outros aspectos negativos.
A realização da Copa do Mundo na África do Sul é uma prova de que alguns países africanos têm condições de organizar uma competição dessa magnitude. Muitos duvidam que o torneio seja bem organizado. Porém, poucos têm conhecimento da infraestrutura do país sul-africano que, em vários aspectos, é superior à do Brasil, visto que todas as cidades sedes dos jogos do torneio são interligadas por excelentes estradas. Os aeroportos foram ampliados e possuem bons aparatos de segurança. O país está totalmente preparado para receber cerca de 500 mil turistas.
A seleção da África do Sul não é considerada uma das favoritas para vencer essa Copa do Mundo, porém, se a competição for sobre diversidade étnica, pluralidade cultural ou biodiversidade (a África do Sul possui a terceira maior biodiversidade do planeta), o país é um dos grandes vencedores.
O fato de poder organizar um torneio mundial de seleções de futebol já é uma grande vitória para um país que sofreu com uma política de segregação racial (apartheid) durante mais de quatro décadas (1948 a 1994). O apartheid proibia o acesso dos negros às urnas, além de não permitir que eles adquirissem terras na maior parte do país, obrigando-os a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.
Atualmente, com o fim do apartheid, a África do Sul tenta reduzir os problemas gerados durante o regime político de segregação racial. A desigualdade social ainda é alarmante; os índices de violência são altos, além da grande quantidade de pessoas que possuem o vírus HIV.
A Copa do Mundo de Futebol proporcionará momentos de alegria para a população local, além de promover o conhecimento de uma África pouco divulgada, em especial as riquezas naturais, como, por exemplo, as savanas e sua rica fauna composta por girafas, leões, hipopótamos, búfalos, gazelas, porcos selvagens, leopardos, diversas aves, entre outros


A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.

 

As máscaras africanas

Mascara Gelede do Benin no Brasil.
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede