quinta-feira, 3 de março de 2011

África do Sul: do Apartheid à sede da Copa do Mundo de Futebol


No dia 11 de junho de 2010 ocorrerá um fato histórico – pela primeira vez um país africano sediará o mais importante evento futebolístico do planeta, a Copa do Mundo de Futebol. A África do Sul, localizada na África Subsaariana, receberá 31 seleções mundiais e milhares de turistas durante um mês.
No dia 15 de maio de 2004, a África do Sul foi escolhida como o país sede da Copa do Mundo de 2010. A nação estava concorrendo com o Marrocos e o Egito para sediar o evento. A África do Sul recebeu 14 votos contra 10 do Marrocos; o Egito, por sua vez, não recebeu nenhum voto.
Com todas as atenções voltadas para a África, surge, portanto, a oportunidade de se conhecer melhor esse continente marcado por concepções preconceituosas, onde pouco se destaca as belezas naturais, a diversidade cultural, o potencial econômico, dando mais ênfase aos conflitos étnicos, à fome, à Aids, à miséria, entre outros aspectos negativos.
A realização da Copa do Mundo na África do Sul é uma prova de que alguns países africanos têm condições de organizar uma competição dessa magnitude. Muitos duvidam que o torneio seja bem organizado. Porém, poucos têm conhecimento da infraestrutura do país sul-africano que, em vários aspectos, é superior à do Brasil, visto que todas as cidades sedes dos jogos do torneio são interligadas por excelentes estradas. Os aeroportos foram ampliados e possuem bons aparatos de segurança. O país está totalmente preparado para receber cerca de 500 mil turistas.
A seleção da África do Sul não é considerada uma das favoritas para vencer essa Copa do Mundo, porém, se a competição for sobre diversidade étnica, pluralidade cultural ou biodiversidade (a África do Sul possui a terceira maior biodiversidade do planeta), o país é um dos grandes vencedores.
O fato de poder organizar um torneio mundial de seleções de futebol já é uma grande vitória para um país que sofreu com uma política de segregação racial (apartheid) durante mais de quatro décadas (1948 a 1994). O apartheid proibia o acesso dos negros às urnas, além de não permitir que eles adquirissem terras na maior parte do país, obrigando-os a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico.
Atualmente, com o fim do apartheid, a África do Sul tenta reduzir os problemas gerados durante o regime político de segregação racial. A desigualdade social ainda é alarmante; os índices de violência são altos, além da grande quantidade de pessoas que possuem o vírus HIV.
A Copa do Mundo de Futebol proporcionará momentos de alegria para a população local, além de promover o conhecimento de uma África pouco divulgada, em especial as riquezas naturais, como, por exemplo, as savanas e sua rica fauna composta por girafas, leões, hipopótamos, búfalos, gazelas, porcos selvagens, leopardos, diversas aves, entre outros


A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.

 

As máscaras africanas

Mascara Gelede do Benin no Brasil.
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede


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